segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A doce infância.


Mummy, mummy, when i grow up i wanna be gay.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

O fishing fotográfico



As amigas mais atentas e mais frequentadoras das redes sociais já terão com certeza reparado num conjunto de fotos de gajos com as mesmas poses, os mesmos cenários (geralmente uma antiga refinaria ou fábrica de bacalhau em ruínas) e o mesmo ar de quem acabou de fazer uma mamada em troco de um portefólio para uma agência de modelos. Pois é.Trata-se um caso de fishing fotográfico. Dado que toda a bixinha nasce com o sonho de ser modelo, é facílimo levá-la a acreditar que isso pode ser possível, mesmo que o número de modelos incritos supere o de grãos de areia da costa da Caparica. O processo de pesca, porém, é muito simples: um fotógrafo qualquer, daqueles que leu o manual de instruções da máquina numa tarde, inscreve-se no Olhares. Primeiro põe umas fotos muito catitas de patinhos na água e de flores silvestres. No dia a seguir faz upload umas imagens de uns gigantones da feira de Amarante e três dias depois anda a convidar no gaydar e no manhunt a tudo o que tenha pila, rabo e diga 33 para umas sessões fotográficas no meio do mato. A bixa vai. Vai rápida e lesta como se as palavras sessão fotográfica soassem ao grito de Jesus Salva entre os fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus. Só que uma vez sem calças, no meio de um armazém abandonado, com as nádegas encostadas a uma parede graffitada vê-se confrontada com um dilema: ou paga...ou fode-se. Está visto que este não constitui um logro particularmente preocupante para a maioria das bixas suburbanas deslumbradas com a ideia de desfilarem para a aussiebum (as if). Mas convém avisar que pior do que ser comida numa refinaria decrépita por um fotógrafo de cabelo seboso e a cheirar a iodeto de potássio, é andar a exibir fotografias de merda em todos os sites e mais alguns, como se fossem obras de La Chapelle.